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EUA reconhece fraude na entrada de Filipe Martins, diz defesa

Na última quarta-feira (9), o governo dos Estados Unidos reconheceu, durante audiência, que houve fraude no registro de entrada de Filipe Martins, em 30 de dezembro de 2022.

EUA reconhece fraude na entrada de Filipe Martins, diz defesa
EUA reconhece fraude na entrada de Filipe Martins, diz defesa (Foto: Reprodução)

Na última quarta-feira (9), o governo dos Estados Unidos reconheceu, durante audiência, que houve fraude no registro de entrada de Filipe Martins, em 30 de dezembro de 2022. O ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não deixou o país, mas foi preso sob acusação de tentar fugir do Brasil.


De acordo com o advogado Ricardo Fernandes, que defende Martins, em entrevista ao site Poder360, o reconhecimento da fraude é uma etapa importante para o processo e que agora é preciso descobrir quem registrou a entrada e saída dele.Um agente do CBP (Alfândega e Proteção de Fronteiras, em tradução livre) dos EUA pode ter participado dessa alteração. O nome do funcionário já foi identificado e, de acordo com o advogado, há provas contra esse agente.


Segundo os advogados, não há registro oficial da entrada de Filipe nos EUA até 12 de abril de 2024. Eles afirmam que o único documento que indicaria isso é um arquivo não oficial, encontrado no computador de Mauro Cid, que apontava Martins como passageiro de um voo presidencial para Orlando em 2022.



Apesar disso, a PF prendeu Filipe dizendo que sua localização era incerta. Ele foi encontrado em Ponta Grossa (PR), em fevereiro de 2024, e alegou nunca ter saído do Brasil. A versão foi confirmada por registros de voo da Latam e pela localização do celular.


Há uma série de erros que fazem a defesa falar em fraude, como o fato do nome do ex-assessor de Bolsonaro ter sido escrito de forma errada. O nome correto é Filipe, e estava escrito Felipe. Além disso, o visto anotado na entrada é diferente do visto que Filipe Martins tem. E outro erro ainda pior: foi indicado o uso de um passaporte diplomático que o assessor perdeu em 2021.Filipe ficou preso por seis meses até a PGR admitir que não havia provas fortes contra ele. Hoje, ele tenta descobrir, na Justiça americana, quem incluiu seu nome no sistema de imigração dos EUA.


Se for comprovada fraude, os advogados alertam que o Brasil pode sofrer sanções internacionais, caso não responsabilize quem cometeu o crime.



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